A partir de hoje vou instituir o Dia do Bico na minha vida, Dia do Rápaporra!
O dia de dar uma "bicuda" em tudo que está enchendo o saco!
Dia de chutar o balde, de mandar às favas, à puta que pariu!
Que delícia... bico em tudo!!!
Encheu o saco?
Bico!
Perturbou?
Bico!
Ai, se eu pudesse... seria a melhor expressão de liberdade que uma pessoa poderia ter.
Daí no outro dia, já mais calma, a gente chegaria no ofendido e diria:
"Foi mal mermão, descupaê!"
E o ofendido desculpava, entendendo meu momento de destempero, momento este causado por sua própria chatice!
Vamos supor que o meu Chefe mandou mal, eu diria na lata dele:
"Chefe, sinceramente, tú é um burro e só tá aí porque é um baita dum puxa saco! Pronto falei!"
Marido passou do tom:
"Querido vaza pra sua casa, que hoje você já cansou minha beleza!"
Vou abrir um parentese bem aqui! Já pensou se isso fosse verdade?
Eu sei que tem gente que vive assim, cada um na sua casa.
É a glória isso gente!
Tô com aquela TPM, querendo matar todo ser vivo num raio de 1 km, ligo pro marido e digo:
"Querido, beijo, me liga daqui uns 15 dias!"
Pronto, nosso casamento seria perfeito, não haveriam brigas.
Tenho um tio que vive assim com sua esposa.
Cada um na sua casa, acho chique.
Outra coisa que andava me irritando muito era o Alberto.
Mas esse já era, já matei!
Era só eu estar com as mãos ensaboadas, debaixo do chuveiro, láaaa debaixo do pé de pitanga, que o telefone tocava e eu corria esbaforida, com o coração aos pulos (ai meu Deus telefone de casa tocando? Hoje em dia só ligam no celular, quem será, o que será que aconteceu???? - ando meio trágica) e daí ouvia:
"O Alberto está????"
Eu, educada que sou, respondia:
"Não tem essa pessoa aqui."
Gente, isso uma trocentas vezes ao dia.
Até o dia que eu falei:
"Querida, o Alberto faleceu, um horror!"
Nunca mais ligaram.
Calma que não traumatizei ninguém, era do Banco Santander.
Alberto tava no SPC, no Serasa!
Bom voltando ao nosso assunto, fico aqui pensando hoje em dia, como era sabida minha falecida mãe.
Ela não se cansava de me dizer aos meus 17, 18 anos: "Minha filha, essa é a melhor fase de sua vida, aproveite muito, vai viver, vai viver!"
Outras horas ela dizia (quando eu mal parava em casa):"Minha filha, descanse a imagem um pouco!"
Fina minha mãe, querendo me dizer de forma educada que eu já tava um tanto quanto batida.
Mamãe, mulher de alma livre, vanguardista, me criou com toda liberdade que um ser pode ter.
Mamãe sabia que os Dias do Saco Cheio viriam quando eu fosse mais velha.
É, eu era feliz e sabia.
Obrigada mãe.
Ainda bem que hoje é sexta-feira, Dia Mundial do Esvaziamento de Saco!
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